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O Arroz do Cachorro/Rice of the Dog/Le Riz du Chien/Reis des Hundes

Alegrias, tristesses, Schadenfreude, insanidades e muito spleen

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Alegrias, tristesses, Schadenfreude, insanidades e muito spleen

25
Set17

Tiña un dolor intenso


Don 'Toño

Hoje eu queria muito escrever. As últimas 30 e poucas horas têm sido um misto de tormento com as amenidades que os momentos com meus pais e meus cachorros me proporcionam. Mas eu "gosto" de focar na parte ruim, então vou falar de tormento. Culpa e arrependimento. Ou talvez não fale.

Conforme o costume, estava eu a verificar coisas nas redes sociais. A saber: possíveis resultados de um concurso. Não encontrei nada relativo ao cargo específico ao qual concorri, mas alguém mencionou "54 de 60" como nota. A minha foi 52. "Será que eu vou conseguir passar?". Se eu não passar eu não vou ter renda. Se não tiver renda, não tenho como fazer nada de bom, como cursos de escultura ou qualquer coisa que me mantenha ocupado. Se eu não estiver ocupado, eu penso na culpa. E no arrependimento.

 

Fui olhar algumas outras coisas relativas às minhas atividades nas ditas redes. Concluí que sou desprezível, que o meu passado me condena e as pessoas lembram disso sempre. Vi uma antiga obsessão também. Arrependimento, um dos grandes. E é obsessão antiga por ter começado uns 8 anos atrás, e não por ter ficado no passado. Penso em como eu agi, em como eu não agi. Culpado por minha própria desgraça, e um pouco pela dos outros.

Repasso as conclusões, e percebo que devem ser apenas construções da minha mente paranóica (ou paranoica, dependendo de qual acordo ortográfico se deseje usar). Mas pode ser que não sejam. Tabernacle! Quero morrer, mas não quero. Morrendo eu não resolvo nada. Vivendo eu posso me amparar na ilusão de que posso resolver alguma coisa. Não resolvo e quero morrer. Mas não quero.

 

Queria era voltar no tempo e me esbofetear em algumas ocasiões específicas. E dizer que pode ficar tudo bem, desde que eu não seja um merda. E dizer que mesmo assim podia não ficar tudo bem. E que eu ia continuar sendo um merda às vezes, mas sem precisar me sentir um merda sempre. Um lixo nesse sentido.

 

Quero voltar e me conter. "Deixa essa obsessão te doer por dentro, mas não fala nada. Depois as coisas acontecem ao natural. E tu já tem outra obsessão pra te dedicar agora. Essa vai passar. Vai demorar, mas vai passar" - eu diria mais ou menos isso. E sabe-se lá como o eu passado ia lidar com tudo. Provavelmente ia achar que perdeu a cabeça de vez, e daí ia ser uma descida de colina sem nenhum freio.

 

Já estou um pouco distraído agora. Vou ver Steven Universe e depois vejo mais fotos do passado. Pra sentir doer mais, e começar a sonhar com soluções mágicas que nunca vão se concretizar. E me afogar um pouco mais em culpa. E arrependimento. E me arrepender depois. Como me vou me arrepender desse texto.

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